:cool: Café também é arte. Outro dia apresentei a você o Pintor em minha janela. Isso mesmo, aquele que todos os dias cria uma nova obra de arte a partir de um único motivo: a cidade que vejo de minha janela. Você já deve ter percebido que não me canso de falar desse Pintor ou de sua habilidade, não é mesmo?
Pois é, hoje resolvi dar mais uma olhadinha em seu trabalho. Ele estava lá, pintando outra vez. Nunca consigo ver seu trabalho acabado, mas tampouco o vejo inacabado. É incrível que alguém consiga pintar assim — a cada nova pincelada a perfeição vai ficando mais perfeita ainda.
Ao contrário do ouro e anil que usou no quadro de um mês atrás, hoje sua paleta é azul suave. Até me sinto um pouco azul assim. Calmo, sereno, tranqüilo. Azul claro. Mas há nuvens brancas pairando no alto da tela. Brancas? Você já viu uma nuvem branca? Não há nuvens brancas. O pintor nunca as pinta assim.
Um diálogo assim acontece no filme Moça com brinco de pérola, uma pintura cinematográfica baseada em uma novela de Tracy Chevalier. O tema do filme é o quadro de mesmo nome pintado por Johannes Vermeer, por volta de 1660 e considerado a "Mona Lisa holandesa".
Em um lampejo de percepção, a moça descobre que há muito mais que uma mera cor branca em uma nuvem. Para você ter uma idéia, apenas na nuvem da foto que tirei com uma webcam de baixa resolução há 19.807 cores. Mais de 50% das 35 mil cores registradas na foto inteira aparecem na nuvem.
Em cada nuvem da vida há também muitas cores envolvidas. É preciso um olhar atento para percebê-las e se deleitar com elas. Geralmente, devido à baixa resolução de nosso pensamento, aos limites de nossa percepção e ao embotamento de nossa visão deixamos de perceber aquilo que está fora da faixa mais popular do espectro. Então é preciso colocar óculos especiais para ver. É preciso olhar através das lentes do pintor em minha janela.
"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam." 1 Co 2:9
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Moça com Brinco de Pérola TRACY CHEVALIER Em pleno século XVII vive Griet (Scarlett Johansson), uma jovem camponesa holandesa. Devido a dificuldades financeiras, Griet é obrigada a trabalhar na casa de Johannes Vermeer (Colin Firth), um renomado pintor de sua época. Aos poucos Johannes começa a prestar atenção na jovem de apenas 17 anos, fazendo dela sua musa inspiradora para um de seus mais famosos trabalhos: a tela "Girl with a Pearl Earring". Este não é um filme para ser assistido com pressa e nem espere dele ação. Há cenas que vale a pena ver quadro a quadro, tamanha a beleza da fotografia e da iluminação das cenas. Se não gostar de arte, se não se arrepiar com diferentes matizes, se a transparência causada pela luz sobre um pano branco não lhe causar nada, este filme não é para você.
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"Em cada nuvem da vida há também muitas cores envolvidas. É preciso um olhar atento para percebê-las e se deleitar com elas. Geralmente, devido à baixa resolução de nosso pensamento, aos limites de nossa percepção e ao embotamento de nossa visão deixamos de perceber aquilo que está fora da faixa mais popular do espectro. Então é preciso colocar óculos especiais para ver. É preciso olhar através das lentes do pintor em minha janela."
Lindo, Mario. Uma dessas frases pra gente ler todos os dias pela manhã (enquanto se aprecia a obra do dia...) Obrigada por nos trazer essas palavras.
"Ser
alguém é ter uma história para contar."
Isak Dinesen
Curioso para
saber quem sou? Ok, você pediu. Para
poupá-lo, vou começar nos anos 70.
Após a fase mauricinho, virei hippie.
Isso mesmo. Compus, cantei e toquei em
festivais, vivi 3 anos só de
macrobiótica e vesti bata de algodão de
saco de farinha. Despojamento exterior de
um Gandhi, mas vivendo como a rainha da
Inglaterra, PAItrocinado
no conforto de um apê só meu no
Guarujá e faculdade particular em Santos.
Fim dos anos 70, desenhista, designer de
ambientes e cartunista, recém formado
arquiteto, metido em movimentos de
contracultura e volta à natureza, fui
morar no mato. Comprei um sítio após
uma tentativa frustrada de morar numa
comunidade. Onde? Alto Paraiso, GO. Foram
3 anos cantando "Refazenda",
criando carrapatos, plantando mato e
comendo arroz integral com gersal.
Foi também no fim dos 70 que nasci de
novo, após três anos errando à procura
de um sentido para a vida em filosofias
do extremo oriente. Minha procura
terminou no oriente médio e os anjos
ficaram alegres.
Voltei à civilização para continuar a
carreira de arquiteto. Tive escritório
de arquitetura, fui vendedor de materiais
de acabamento, negociador no Banco Itaú
e Cia do Metrô, editor de publicações
cristãs da Verdades Vivas, tradutor
técnico e diretor de comunicação e
marketing da Widesoft.
Dinossauro da Internet no Brasil, em 1996
criei meu primeiro site, o bilíngüe True Stories,
seguido do trilíngüe Chapter-A-Day.
Trabalhando na Widesoft, criei a
comunidade Widebiz
e ultimamente mantenho alguns blogs, como
este CAFE,
o biográfico Quero Contar
e o devocional O Pintor em Minha
Janela.
Descobri o ócio criativo e faço que
gosto trabalhando em casa. Meus clientes
nunca iam ao meu escritório nem
eu por isso decidi assumir o
modelo home-office, conectado a um
atendimento profissional, empresas
parceiras, ao meu filho Lucas Persona
e aos meus clientes.
Adotei o modelo futuro no presente.
Ao lado de minha mesa fica a poltrona de
meu filho Pedro, que passa o dia
escutando música. Quem é Pedro? Esta é
uma outra história que você encontra no
livro "Uma Luta
pela Vida",
de minha filha Lia
Persona, ou acompanhando
o blog Quero Contar
.