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É hora de piratear o pirata

É hora de piratear o pirata
por Mario Persona

É hora de piratear o pirata

A revista "Outra Coisa" do Lobão vira loja de música. Segue a tendência mundial de diminuir a distância entre artista e público, atropelando gravadoras.

O barateamento do processo de produção com uso de novas tecnologias foi um passo. Outro é a distribuição alternativa, como em revistas, algo já feito pela indústria de software. Mas o New York Times mostrou recentemente a prática crescente de venda de CDs de artistas independentes nos botecos e bazares de bairros.

Há alguns anos vi lojas no Rio que competiam com os camelôs de calçada. As próprias lojas montavam barracas iguais às dos camelôs na frente de suas portas, protegendo assim seu "território". Para o cliente que passava, tinha tudo de uma banca de camelô, só que ele nem imaginava que eram os mesmos produtos e preços da loja atrás da banca.

O mercado de música está mudando muito rápido, sem grandes chances para a sobrevivência dos antigos intermediários. Surgem novos, como é o Lobão quando inclui música de outros grupos para vender em CDs acoplados à sua revista. Se a distribuição for um problema para o músico, o intermediário será útil, seja na distribuição convencional – e o Lobão acaba sendo um intermediário, e a banca é distribuição convencional para revistas – seja na Internet, como o site TramaVirtual. Se o intermediário não for útil, não agregar valor, nem facilitar a vida do consumidor, ele desaparece.

Enquanto todo mundo reclama da pirataria, tem gente botando a cabeça e a criatividade para funcionar. É claro que o consumidor vai continuar comprando o pirata, se puder encontrar preço baixo e qualidade suficiente para escutar em players baratos. Seria ingenuidade pensar em conscientização de algo tão popular e de fácil disseminação como a música. Mudar uma cultura – ainda que perniciosa para o artista – é muito difícil, talvez até impossível numa geração. Não é a cultura e nem o mercado que vai mudar a curto prazo, por isso mudem as gravadoras. Descubram alternativas ou desapareçam. Enquanto isso, o mercado, os criativos e a pirataria são coisas que vão continuar existindo por muito tempo.

A hora é de criatividade, de piratear o pirata. Falei disso em uma crônica chamada "Sequestros Autorais", que escrevi depois de encontrar uma de minhas crônicas publicadas em pelo menos duas revistas e 3 sites com diferentes nomes de autores. Sequestros Autorais faz parte de meu livro Marketing Tutti-Frutti, mas pode ser lida aqui.


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