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Vem aí o Bill-log

Vem aí o Bill-log
por Mario Persona

Vem aí o Bill-log

Um amigo costumava dizer que se vir um banqueiro pular pela janela do vigésimo andar, pule atrás porque aquilo dá dinheiro. Bill Gates só não é banqueiro porque o dinheiro que tem é dele, não dos outros. E agora – vejam só – está propagando as virtudes dos blogs. Acho que vem aí o Bill-log.

Hoje dei uma olhada no BlogAds, empresa especializada em vender espaço para anúncios em blogs. Seu argumento para vender é que blogs formam hoje o espaço freqüentado pela nata dos formadores de opinião, de jornalistas a usuários compulsivos de produtos de inovação. É mercado ou não é?

No último Almanaque Brasil que li em um vôo da TAM, edição 61 de Abril de 2004 tinha uma entrevista com Ariano Suassuna, autor de "O Auto da Compadecida" e da frase "É preferível ter mau gosto a ter gosto médio." Em um trecho da entrevista ele diz:

"Eu leio muito, mas só literatura. As revistas me dão até um pouco de agonia na cabeça. Não gosto muito, não. A maioria é de uma frivolidade muito grande, não me interessam. Tenho horror ao chamado 'gosto médio'. Prefiro o mau gosto ao gosto médio. E a maioria das revistas é feita buscando esse maldito gosto médio."

Se pensarmos na comunicação em massa que é feita para as massas, ficará cada vez mais difícil atingir um público específico dentro dessas massas médias e de segmentação duvidosa. O jeito será partir para meios de comunicação em "massinhas", produzidos e lidos por tribos. Mas esses meios estão tão pulverizados...

Fica difícil desarmar o circo da comunicação tradicional para armá-lo dentro desse novo ambiente? Ninguém disse que seria fácil permanecer no mercado. E se for no mercado de trabalho, então é bom ler o que o Carlos Nepomuceno escreve em sua coluna. Nepo é colunista do Jornal da Tarde e escreve com uma lucidez e simplicidade que merecem aplausos em Você.com.br: "Prepare-se, pois daqui para frente ninguém mais vai permanecer na mesma carreira a vida toda".

E por falar em Jornal da Tarde, ele mudou muito desde que foi criado como um jornal de vanguarda e voltado para uma certa elite capaz de entender sua linguagem gráfica e cultural. Depois de passar por várias transformações, minha impressão é que acabou se posicionando como um jornal voltado para uma massa maior de leitores médios.

O mesmo caminho que está sendo trilhado pela TV aberta, apelando para uma programação que atraia o gosto popular, mas que irá repelir anunciantes voltados para um público mais sofisticado. Onde estará esse público? Talvez a leitura de "The future of advertising" ajude a mostrar.


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