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Revistas corporativas – Entrevista de Mario Persona

ENTREVISTA

IMPORTÂNCIA DAS REVISTAS CORPORATIVAS

A revista corporativa ainda é recente. Ela se firmou como ferramenta eficiente na hora de 'conversar' com o público?

Mario Persona - Sim, pois pode se transformar em veículo para criar a transparência que toda empresa deve ter. Além disso a revista permite manter uma lembrança permanente da marca em um público importante, já que ela é direcionada ao seu segmento.

É claro que muitos exemplares acabam indo parar nas salas de espera das empresas, mas isso serve como mais um fator de disseminação da marca e de criação de uma imagem de credibilidade.

Empresas que compartilham conhecimento são respeitadas pelo público que é de alguma forma auxiliado pela informação que essas revistas transportam. O sentimento é o mesmo criado por pessoas que compartilham conhecimento.

Apesar de 'defender' os interesses do cliente, esse tipo de publicação utiliza os mesmos preceitos do jornalismo?

Mario Persona - Nem sempre, porque seu papel não é de isenção. É claro que ela irá defender os interesses da empresa, mas há mais de uma maneira de se fazer isso. Se a revista for pura propaganda, certamente não será lida, pois não trará coisa alguma que agregue valor ao leitor.

Acredito que a fórmula jornalística mais adequada a uma revista corporativa é aquela que traz matérias sobre assuntos de interesse como qualquer revista vendida em banca. A diferença é que a empresa pode escolher os temas que irá tratar de forma a associar seus produtos e serviços aos temas. Aí sim a revista fica interessante para a empresa e para os leitores. Ela deixa de ser apenas um catálogo de propaganda, mas também não se transforma em uma revista convencional.

Quais são os exemplos mais bem sucedidos de revistas corporativas?

Mario Persona - São muitas, mas posso citar algumas que publicam minhas crônicas, como a revista da WEG e a SIGA, da Agis. Uma revista corporativa não serve apenas como veículo de informação para clientes, mas também mantém os acionistas atentos para o que há de novo na empresa. À medida que cresce o número de empresas com ações no mercado, cresce a necessidade dessas empresas possuírem um veículo de comunicação informal com seus acionistas.

Como é a aceitação do mercado a esses produtos?

Mario Persona - Citando a mesma revista, posso ver que seu alcance é grande. Em meu trabalho como palestrante visito muitas indústrias em todo o Brasil e não raro alguém diz que já me conhecia por meio de minha coluna nesta e em outras revistas para as quais escrevo. Minha participação geralmente é para dar aquele retoque mais leve e de humor numa revista que geralmente trata de assuntos sérios abordando seus produtos e serviços. Minha coluna costuma ficar com a última página, a página da descontração.

Quais são os elementos necessários para se ter uma revista que atinja seu público-alvo?

Mario Persona - Ela precisa ter uma idéia clara dos resultados que pretende. Fazer uma revista corporativa não é apenas rechear páginas com assuntos de interesse, porque esses assuntos podem às vezes conflitar com os interesses da empresa.

É preciso um planejamento muito bem feito, levando em conta não apenas os interesses da empresa, mas também os interesses de seus clientes, acionistas, segmento, comunidade etc. É o que costumamos chamar de stakeholders.

Deve-se evitar temas controversos e, sempre que possível, abrir espaço para divulgar algum cliente, pois isso ajuda a criar fidelização. Ao produzir a revista a empresa deve ter em mente que está criando um canal de duas vias, portanto deve ter uma equipe preparada para responder às cartas e e-mails dos leitores.

Finalmente deve existir uma política de distribuição que faça a revista chegar às mãos daqueles leitores que realmente interessam a empresa. Aliás, toda revista deve ser planejada do leitor para o editor, pois se eu não souber o que realmente agrada o leitor em temos de temas, formato, linguagem gráfica, periodicidade etc., dificilmente conseguirei uma comunicação bem-sucedida com meu público.

Entrevista concedida a jornalista freelanceem 25/08/2008.

Entrevistas como esta costumam ser feitas para a elaboração de matérias, portanto nem tudo acaba sendo publicado. Eventualmente são aproveitadas apenas algumas frases a título de declarações do entrevistado. Para não perder o que eu disse na hora da entrevista, costumo gravar ou dar entrevistas por escrito. A íntegra do que foi falado você encontra aqui. Se achar que este texto pode ajudar alguém, use o formulário abaixo para compartilhar.

Mario Persona é consultor, escritor e palestrante. Veja emwww.mariopersona.com.br


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