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Palestra Espiritualidade na Empresa – Mario Persona

ENTREVISTA

Espiritualidade na Empresa

Não falo de religião ou fé em minhas palestras de temas empresariais e não faço palestras sobre o tema "Espiritualidade na Empresa". Pelo menos não da forma como o tema é normalmente tratado.

Por que? Eu não conseguiria ser imparcial ou genérico falando de espiritualidade, porque me converti a Jesus em 1978, e as empresas não iriam contratar um palestrante para falar do evangelho.

Se mesmo assim você desejar que eu fale de Jesus para sua equipe, terei prazer em fazê-lo como cortesia, sem cobrar honorários, apenas os custos de viagem e hospedagem.

A condição? Não falo em eventos religiosos ou promovidos por denominações, igrejas ou organizações religiosas, porque eu mesmo não pertenço a nenhuma.

Clique aqui para saber o que costumo falar e aqui para verificar disponibilidade em minha agenda. Se quiser entender melhor minha posição sobre o assunto, leia o artigo abaixo.


Espiritualidade na Empresa

"Você faz palestras sobre Espiritualidade nas Empresas?"Recebi mais um e-mail perguntando. Este é um assunto em voga nos meios empresariais e, comercialmente falando, seria lucrativo colocá-lo em minha "cesta de produtos". Devo? A resposta é não, pelo menos do jeito que o assunto costuma ser tratado.

Alguns colegas costumam me indicar como palestrante do tema, provavelmente por saberem que sou leitor assíduo da Bíblia e que passei por uma experiência marcante de conversão há quase trinta anos. Outra razão é por manter, desde 1997, um site bilíngüe sobre temas bíblicos que recebe mais de 50 mil visitantes mensais.

Um currículo assim me qualificaria para dar palestras sobre espiritualidade na empresa? Ao contrário. Minha convicção na Bíblia é tamanha que dificilmente conseguiria ser imparcial se falasse sobre vida espiritual. Afinal, "a boca fala daquilo que está cheio o coração" Lc 6:45. E como aquilo que as empresas buscam como "espiritualidade" não é uma convicção, mas um genérico sem marca, um cristão convertido e convicto não é o mais indicado para a tarefa.

Deus, a quem chamo de Pai, e Jesus, por meio de quem cheguei ao Pai, são realidades por demais atuantes em minha vida para eu reduzi-las ao mínimo denominador comum do "espiritualmente correto". Seria obrigado a diluir minhas convicções para evitar ferir os sentimentos de pessoas com diferentes crenças.

O cliente não iria querer pagar para ouvir sobre minha fé cristã ou me contratar para pregar o evangelho no meio de uma palestra ou seminário. É por isso que separo muito bem o assunto e evito falar nisso durante minhas palestras, pois não foi para isso que fui contratado. E se o cliente especificamente buscasse alguém para falar de coisas espirituais, provavelmente iria preferir algo mais genérico, intelectual e racional, o que é impossível de ser feito com a fé cristã. Esta só se apreende espiritualmente, como escreveu o apóstolo Paulo, "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." 1 Co 2:14

Por esta razão procuro deixar bem clara a linha que separa fé pessoal e trabalho. A primeira tem implicações e conseqüências eternas. O segundo, só dura uma vida, ou nem isso. Esta mesma convicção também me leva a não fazer palestras, mesmo que seja para falar de negócios, em eventos promovidos por igrejas ou organizações religiosas, ou a participar de entrevistas em programas ou publicações de caráter religioso. A imensa salada de crenças em que o mundo religioso se transformou tornou impossível analisar cada situação para eu ter certeza de não estar ajudando a promover algo que contrarie minhas convicções.

Outra razão desse meu cuidado, que pode até parecer exagerado para alguns, é que existe hoje uma linha religiosa voltada para a prosperidade que agrada bastante alguns segmentos empresariais. Uma nova leva de gurus e curandeiros modernos propaga essa corrente em "congressos" travestidos de "empresariais" que se propõem a ajudar as pessoas a tirarem o pé da lama e viver prosperamente, com direito a carro importado, título de "empresário" e uma cornucópia de benesses de dar água na boca. Um prometido céu virtual num mundo de desigualdades e problemas reais.

Por mais sedutores que sejam esses apelos, a doutrina do Novo Testamento não diz nada a respeito. Ali diz que ter o suficiente para comer e vestir já pode ser motivo de contentamento. Por isso desconfio de quem faz uso da Bíblia como um livro mágico de prosperidade terrena, já que o Homem mais espiritual que já pisou neste mundo não tinha onde reclinar a cabeça, viajava em barcos ou jumentos emprestados e em seu inventário não sobrou mais que suas vestes e uma única túnica. E quem fez dEle fonte de lucro não se deu bem no final da história. Afinal, que valor têm 30 moedas de prata?

Como já deve ter percebido, considero espiritualidade um tema tão importante que "caminho sobre ovos" quando o assunto vem à tona e não desejo transformá-lo em mais um produto de minha vitrine. Falo de comunicação, marketing, negociação, vendas, empreendedorismo, administração do tempo, qualidade de vida no trabalho, gestão de carreira etc., mas não de religião. É claro que, em particular, tenho imenso prazer em conversar sobre o assunto. É uma questão de princípios, não aqueles pasteurizados pelos compêndios acadêmicos, mas de convicções profundamente arraigadas em meu coração.

Procuro conversar com quem solicita o tema, pois às vezes existe alguma confusão quanto ao termo "espiritualidade". Alguns chamam de "espiritualidade" na empresa uma mudança de atitude com a adoção de princípios como amar os colegas, respeitar a diversidade, viver em harmonia com o ambiente e coisas do tipo. Mas isso não é espiritualidade, embora sejam estes princípios existentes em muitas crenças. Muitos céticos, que não acreditam em qualquer esfera espiritual, vivem e praticam muito bem esses princípios que poderiam ser resumidos como princípios éticos, de boa educação, honestidade, integridade e cidadania.

Por mais que o mercado acene que "espiritualidade na empresa" pode ser um bom negócio para palestrantes, particularmente não gostaria de ser como Groucho Marx, que costumava brincar: "Tenho meus princípios! Se não gostar, tenho outros..."

Mario Persona é consultor, escritor e palestrante. Veja emwww.mariopersona.com.br


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