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O atentado em Londres e o futuro do jornal

O atentado em Londres e o futuro do jornal por Mario Persona

O atentado em Londres e o futuro do jornal

:crazy: A perspectiva no horizonte é de crise nos açougues. Sem jornal, açougues de segunda categoria vão precisar comprar papel para dar aquela famosa embrulhada final na carne. As vendas de jornais caem a cada dia por uma razão muito simples. Trata-se de um fenômeno detectado no Cadilac quando foram feitas pesquisas para descobrir a razão da queda nas vendas. Seus compradores estavam morrendo.

Acho que raramente - ou talvez nunca - eu tenha visto meus filhos, já formados, comprarem um jornal. Todavia, estão extremamente bem informados, não apenas por meio de jornais on-line, mas também pela participação em fóruns e listas de discussão e leitura de blogs.

No momento do ataque terrorista nos metrôs e em um ônibus de Londres, uma notícia da Agência Estado com o título "Blogs mostram força na cobertura do atentado" comenta que, nos blogs, "alguns comentários são mais ricos do que a cobertura jornalística pode informar num primeiro momento".

A notícia continua indicando blogs que trazem, às vezes mais de primeira mão do que os jornalistas profissionais, as últimas notícias. É simples entender: quem é capaz de passar uma imagem mais vívida do que aconteceu, um reporter que vai depois ao local, ou algum adolescente blogueiro que observa, pelos vidros estilhaçados da janela de seu quarto, o que restou do ônibus explodido poucos metros abaixo?

Além do blog de Marina Souto Abrantes, que mora em Londres e escreve em português sobre o atentado, há blogs de blogs, como o London Bloggers que organizou blogs pela proximidade deles com estações do Metrô e já está com mais de 1970 participantes.

Alguns, vizinhos das estações atacadas, são o MikeSpace, 73Bus, LiveJournal e FinkAngel. Há também fotologs, como o Flickr e o Londonist fazendo uma cronologia dos eventos pós-atentado, e o Perfect .

O jornalismo convencional também faz uso dos blogs, como o The Guardian e o Observer, numa tentativa de acompanhar o movimento blogueiro. O problema é que a alma do blog não é seu formato ou a tecnologia de publicação, mas... a alma do blog!

Obviamente a Enciclopédia Britânica ou a Barsa que você tem na estante não traz um verbete sequer sobre o atentado, mas a Wikipedia, a enciclopédia da internet feita por todos os usuários, já incluiu um extenso verbete sobre os atentados. Você ainda insiste para que seus alunos pesquisem apenas em livros para os trabalhos escolares?

Voltando ao Brasil, tenho acompanhado o que acontece nas CPIs pelo blog do Noblat que teve 72 mil acessos no dia do Roberto Jefferson na Comissão de Ética e tem uma média em dias comuns de 15 a 20 mil visitantes/dia.

Não só os jornais perdem espaço, como o jornalismo individual ganha espaço. O campeão mundial é Matt Drudge, parada obrigatória de jornalistas do mundo inteiro para saber das fofocas nos bastidores da Casa Branca.

VISITS TO DRUDGE 06/23/05

008,454,335 IN PAST 24 HOURS 242,399,240 IN PAST 31 DAYS 3,453,382,276 IN PAST YEAR

Agora compare com a evolução (ou involução?) na tiragem de jornais de papel, tiragens de Domingo:

 

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