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MARCAS ANTIGAS – Entrevista de Mario Persona – Revista Fecomercio

ENTREVISTA

MARCAS ANTIGAS

Fui entrevistado pela Revista da Fecomercio para uma matéria sobre a magia das antigas marcas e a razão de permanecerem tanto tempo em nossa memória. A íntegra da entrevista você encontra aqui.

P. Como marcas tão antigas conseguem manter-se vivas na memória do consumidor e passam de geração em geração, às vezes, mesmo sem grandes ações de marketing, como a manteiga Aviação, o palito Gina, o fósforo Fiat Lux, a pomada Minâncora, o polvilho Granado, a Maisena, o fermento pó Royal, entre outros, citando alguns cases (esses ou outros como esses). O que acontece nesses casos?

Mario Persona - Geralmente são marcas criadas antes dos meios eletrônicos de comunicação ou, no máximo, nos tempos do rádio. Na época em que surgiram também contava a seu favor o fato de existirem poucas marcas, por isso algumas reinaram absolutas e sozinhas por muitos anos, tempo suficiente para seus nomes se transformarem em sinônimos do próprio produto.

Devido à sua singularidade, muitas dessas marcas, no caso de alimentos, também acabavam ganhando um papel sem concorrência nas receitas culinárias e nos conselhos trocados entre as pessoas. Era o boca-a-boca que também tinha um peso maior na transmissão de conhecimento entre as gerações. A avó usava uma marca, a filha aprendia com a mãe e a neta seguia a tradição.

Quando outras marcas entraram no mercado e passaram a concorrer, as mais antigas ganharam o status de tradicionais, o que lhes conferia uma aura de respeitabilidade que nenhuma marca nova era capaz de conseguir. O tempo também ajuda a criar histórias e mitos sobre determinadas marcas, e quando são positivos isso acaba incorporado à marca aumentando ainda mais seu prestígio. Algumas marcas acabam incorporadas à própria cultura de uma cidade, povo ou país.

O grande perigo enfrentado pelas marcas antigas e tradicionais é justamente a morte das velhas gerações e a criação de novos paradigmas. Para a minha geração, Cadilac era sinônimo de carro de luxo, mas para a geração que veio depois talvez seja Mercedes a marca que evoque luxo e para as mais jovens deve ser outra marca.

Há casos também de marcas notórias em sua época que as mudanças tecnológicas ajudam a fazer com que percam o brilho ou até desapareçam, como é o caso das marcas de máquinas de escrever. A mudança nos costumes também pode causar isso. Pergunte a um garoto na escola hoje se ele tem uma Bic e ele responderá sim ou não. Pergunte se tem uma Parker e ele perguntará o que é isso. No meu tempo de estudante todo garoto sabia o que era uma caneta Parker, ainda que fosse apenas objeto de desejo.

Essa mudança nos costumes também fez com que marcas antes famosas simplesmente desaparecessem do vocabulário popular. As ceras caíram no esquecimento de donas de casa que já não enceram o piso, fósforos já não têm a mesma importância na era do microondas ou dos acendedores elétricos e dificilmente uma noiva hoje coloca em sua lista de presentes uma máquina de costura.

Entrevista concedida à Revista da Fecomércio em 19/06/2010 .

Entrevistas como esta costumam ser feitas para a elaboração de matérias, portanto nem tudo acaba sendo publicado. Eventualmente são aproveitadas apenas algumas frases a título de declarações do entrevistado. Para não perder o que eu disse na hora da entrevista, costumo gravar ou dar entrevistas por escrito. A íntegra do que foi falado você encontra aqui. Se achar que este texto pode ajudar alguém, use o formulário abaixo para compartilhar.

Mario Persona é consultor, escritor e palestrante. Veja emwww.mariopersona.com.br


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