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Eu vou bem, obrigado.

Eu vou bem, obrigado.
por Mario Persona

Recebi vários e-mails e mensagens pelo meu aniversário e é incrível ver como é fácil ganhar amigos na Internet. Mesmo assim, os parabéns são para quem ficou mais velho, uma experiência que só os que ficam velhos conhecem. Experimente subir hoje as escadas da escola onde estudou e você vai jurar que acrescentaram degraus.

Dentre as muitas mensagens que recebi, uma chamou minha atenção pela forma bem-humorada de encarar o envelhecimento. Aparentemente é letra de uma canção, de autor desconhecido e há várias versões diferentes na Internet. Gostei tanto que decidi rabiscar uma versão em português tão capenga quanto o andar dos anos, mas que serve para dar uma idéia da experiência. Não repare nas rimas feitas às pressas.

Eu vou bem, obrigado.

Se estou com saúde? Não há nada de errado,
Fora a voz bem fraquinha que já sai com chiado;
Os joelhos? Nem conto! Tenho os dois com artrite,
Mas pra que reclamar, se sarei da colite?
Hoje o pulso é fraco e meu sangue é bem ralo,
Mas até que estou bem, só do resto eu não falo.


Mas o bom é saber que se o tempo é implacável,
Para quem envelhece e virou descartável,
É melhor eu dizer que vou bem, obrigado,
Do que ter de agüentar: "Ai, que dó! Ai, coitado!"


Sem bengala não dá, que a perna está bamba,
Mas da turma da escola, sou o único que anda.
Se eu durmo de noite? O que é, tá sonhando?
Quando o sol vai nascendo eu já estou esperando.
A memória é hoje uma vaga lembrança,
Mas até que estou bem, só a mão que balança.

Mas a vida que tive foi bem como eu queria,
"Como vai?" - era antes. Hoje é: "Como ia?"
Eu nem ligo e respondo que vou bem, obrigado,
Só pra não agüentar: "Ai, que dó" Ai, coitado!"

Dizem uns por aí que estou bem pra idade,
Mas eu tenho certeza de que não é verdade;
Quando à noite eu me deito e começa o desmanche,
Ponho os dentes no copo com os restos do lanche;
Meus ouvidos eu guardo com os olhos ao lado,
Só não tiro o nariz, porque ainda é grudado.

Quando saio da cama, me seguro no armário,
E se abro o jornal é pra ler obituário,
Se meu nome não encontro, vejo que não morri,
Então olho pra mesa, para o copo que ri.

(autor desconhecido - versão em português por Mario Persona)


I’m fine, thank you.

I’m fine, thank you.
There’s nothing the matter with me
I’m as healthy as I can be
I have arthritis in both my knees
And when I talk, I talk with a wheeze,
My pulse is weak and my blood is thin
But I’m awfully well for the shape I’m in.

Arch supports I have for my feet
Or I wouldn’t be able to be on the street
Sleep is denied me night after night
But every morning I find I’m all right,
My memory is failing, my head’s in a spin,
But I’m awfully well for the shape I’m in.


The moral is this as my tale I unfold
That for you and me who are growing old
It’s better to say “I’m fine” with a grin
Than to let folk know the shape we are in

Old age is golden, I’ve heard it said
But sometimes I wonder as I get to bed,
With my ears in the drawer, my teeth in a cup,
My eyes on the table until I wake up
‘Ere sleep overtakes me, I say to myself
Is there anything else I could lay on the shelf?

How do I know my youth is all spent?
Well, my “Get Up and Go” has “Got Up and Went”
But I really don’t mind as I think with a grin
Of all the good places my “Get Up’ has been

I get up each morning and dust off my wits
And pick up the paper and read the “Obits”
If my name is still missing, I know I’m not dead
So I have a good breakfast and go back to bed.


(Unknown Author - Pete Seeger sang these lyrics in concert, but he did not write them.)


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