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Bottomless Bag Marketing

Bottomless Bag Marketing
por Mario Persona

Bottomless Bag Marketing

Eu sabia que você se sentiria atraído por algo com título em inglês. É natural, pois parece que tudo o que vem escrito em inglês é verdade.

A tradução é simplesmente "Marketing do Saco Sem Fundo". Perdeu a aura de respeitabilidade, não é mesmo? Mas não vou falar aqui de títulos, mas do saco sem fundo mesmo, que o marketing procura identificar e suprir - surprir?! - na população pré-adolescente.

A idéia do tema vem de matéria na revista PEGN - Pequenas Empresas Grandes Negócios: "Tudo o que você precisa saber para montar uma loja para pré-adolescentes, com idade de 10 a 14 anos, considerados como a tribo mais promissora do mundo da moda".

Normalmente o marketing procura identificar necessidades e supri-las, mas boa parte delas são necessidades que podem ser satisfeitas, ao menos temporariamente, como as necessidades básicas de alimentação, abrigo, vestuário etc. Ninguém vai conseguir vender uma empadinha para você depois de cinco pratos de feijoada e vinte caipirinhas.

Acho que isso se encaixa nas necessidades descritas por Maslow, como necessidades psicológicas, de segurança, de pertencer a algo ou alguém e de auto-estima. Muitas delas, e suas ramificações, podem ser satisfeitas, mesmo que momentaneamente. Você come até não querer mais, mora numa fortaleza, tem um monte de gente bajulando etc. Deixou de ser, pelo menos momentaneamente, um saco sem fundo nesses quesitos.

Mas há uma necessidade que é e sempre será um saco sem fundo. Falo da realização pessoal, no sentido de aperfeiçoamento pessoal, evolução profissional, ou de estar em dia, ficar na moda etc. Em artigo que li no boletim chamado Grok diz (parêntesis meus):

"Maslow identificou 17 meta-necessidades, ou valores 'de ser' (B-values de 'being-values'), que descrevem as várias necessidades que as pessoas procuram atender no processo de auto-atualização (ou auto-aperfeiçoamento). As meta-necessidades alimentam o processo de auto-atualização. Ao contrário das necessidades 'de déficit' (as que podem ser supridas mesmo temporariamente), as meta-necessidades não são hierárquicas - as pessoas dão a elas a prioridade que desejam e escolhem os valores que melhor se adaptem a si mesmas.

Maslow identificou essas meta-necessidades: Verdade, Bondade, Beleza, Integridade, Transcendência, Sensação de Vida, Singularidade, Perfeição, Necessidade, Satisfação, Justiça, Ordem, Simplicidade, Riqueza, Mínimo-esforço, Diversão e Auto-Suficiência" (Acho que essas são as que ele identifica como adesão a 'valores espirituais').

O grande desafio do marketing está em identificar essas meta-necessidades nos outros, pois sempre tomamos a nós mesmos como referência. O problema é que aquilo que é justiça para mim pode ser injustiça para outro. Idem para bondade, beleza, simplicidade, satisfação e assim por diante.

Mas o ponto a respeito desse marketing dirigido a pré-adolescentes, de que fala o artigo da PEGN, é que eles têm um poder de decisão de compra como nunca tiveram no passado. É claro que o vazio que têm e que é próprio da idade, difícil de satisfazer (se não impossível com o produto de uma compra) é o mesmo que cada um de nós sentiu e alguns ainda sentem. É uma sanguessuga insaciável, ou seja, NUNCA um pré-teen ficará satisfeito a longo prazo com o resultado de sua compra, porque ela é material e transitória, e essas necessidades não.

Portanto existe uma linha tênue aí que aqueles que trabalham com marketing devem identificar, pois ainda é uma idade de pouco equilíbrio e com os valores ainda não muito bem sedimentados. Considerando que estamos falando em atender necessidades que normalmente nunca serão atendidas por inteiro, estamos falando também na possibilidade de criar novas necessidades no processo, o que pode resultar em frustração, apatia ou revolta.

Complicado, né? Enquanto nossos negócios são dirigidos a adultos, nos sentimos guerreiros numa arena, mas o que podemos fazer com mentes infantis? Talvez por isso a nova lei de propaganda esteja proibindo, no caso de bebidas, o uso de elementos que possam ter alguma identificação com o público infanto-juvenil, como bonecos animados ou garotas adolescentes com apelo sexual.

É um campo minado e delicado trabalhar com as mentes ainda crédulas e indefesas da pré-adolescência. São coisas preciosas demais para os profissionais de marketing tentarem seduzir em troca de alguns trocados que tampouco satisfarão o saco sem fundo que cada um de nós traz em si.


"Uma luta pela vida" - O Jornal da Unicamp de Outubro traz matéria de Antonio Roberto Fava sobre o lançamento do livro de Lia Persona:

Romance rende prêmio nacional a aluna da Unicamp

" As férias na praia foram mais do que recompensadoras. Meu irmão voltou com novas capacidade. Passou a ser mais independente dentro de casa pois sabia como se locomover rastejando."

Lia Persona, 23 anos, estudante do curso de graduação em enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, fundiu ficção e realidade para construir seu romance "Uma luta pela vida" (Editora Mondrian), vencedor do 1º Concurso Literário Anjos de Branco, promovido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Concorrendo com mais de 650 obras inscritas, que contou também com a participação de nomes de peso da literatura brasileira, Lia elaborou a obra inspirada no seu relacionamento com o irmão adotivo, Pedro, deficiente físico e mental, que entrou em sua vida quando a estudante tinha apenas seis anos de idade.

Lia conta que seu livro é uma espécie de diário, no qual é narrada a história de vida de uma enfermeira, com seus exaustivos plantões, o trabalho árduo e delicado numa enfermaria do setor de pediatria e os conflitos normais do cotidiano. Ao longo de toda a obra – concluída em apenas dois meses –, Lia exprime suas dúvidas e seus desejos, entre eles o de como cuidar bem do menino. Às vezes interrompe sua narrativa para fazer considerações a respeito do garoto sob sua responsabilidade. “Esse contraponto mostra-se inteiramente adequado à pungência de sua história. O desenvolvimento das relações entre a enfermeira e a criança é mostrado com toda a clareza, não dando a impressão de ser o livro simplesmente um romance escrito, mas sim, o registro dos momentos de um ser humano que avança na direção ao entendimento”, conforme observa Antônio Olinto, da Academia Brasileira de Letras.

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