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Ascensoria de imprensa

Ascensoria de imprensa
por Mario Persona

Ahá! Aposto como leu o título e correu enviar um e-mail do tipo: "Ô, Persona, sabe escrever não, compadre? O correto é assessoria de imprensa!". Tudo bem, se já enviou eu aguardo.

Se ainda não enviou deve estar lendo este parágrafo e vai descobrir que escrevi "ascensoria" no sentido de "ascender", como faz o ascensorista com o elevador. Sei lá se tirei do latim, do italiano ou inventei. Se eu não estiver errado, estou certo.

Também pensou que escrevi errado "ascender"? Não, não é acender com fósforo... O que quero mesmo é que você saiba que a imprensa pode ser um excelente meio de você subir na carreira, principalmente se seu negócio for vender sapiência. Não, sapiência não é uma espécie de sapo; estou falando de vender tutano. Ai, ai... você pensou em mocotó?!

Deixa pra lá, o importante é criar um bom relacionamento com jornalistas para se tornar fonte deles. Antes, porém, uma palavra de alerta: jamais tente fazer propaganda de você ou seu negócio através de um jornalista. Nada de jabá. Não, eu não disse jaca, cajá e nem fubá. Falei para não subornar para aparecer. Isso sim faria você acender, ao invés de ascender, e acabar se queimando.

Há várias formas de você aparecer nos jornais. Tudo começa ganhando um espaço no caderninho do jornalista. É claro que não é assim, da noite para o dia. Você precisa ser ou ter algo que interesse a imprensa. Se for especialista em alguma área, ficará mais fácil se escrever sobre isso em sites e blogs. O jornalista poderá encontrar seu texto ao pesquisar para uma pauta, por exemplo.

Você também poderá ser entrevistado para matérias no rádio ou TV e, neste caso, a entrevista pode ser presencial ou por telefone, ao vivo ou gravada.

Se for por telefone e estiver trabalhando em casa como eu, tire o pijama e vista algo decente para sentir-se arrumado. Isso ajudará na autoconfiança, timbre de voz e coisas assim. Mas não precisa colocar gravata e passar perfume, como a gente faz aqui no interior para telefonar para a capital.

Entrevistas por telefone podem ser até mais difíceis, se você for desses que não conseguem conversar de olhos abertos ou sem caminhar pela sala. Tudo bem, caminhe ou feche os olhos, só não faça as duas coisas ao mesmo tempo.

Na TV a coisa é mais complicada, mas mesmo assim você pode evitar um desastre se conversar antes com o repórter que irá entrevistá-lo. Eu não conversei e não evitei.

Estávamos em 1998 e eu era diretor de uma empresa de Internet que, por ser novidade, era um tema bastante requisitado para entrevistas na TV. O cenário, nosso estande em uma feira de negócios, com vários computadores ao fundo e a garotada navegando.

Quando a equipe da TV chegou, imediatamente pensei no que falar: tranqüilizar as mães que estavam cancelando nossos serviços, preocupadas com a pornografia na Web. A fim de reverter isso, preparei-me para exaltar a importância das pesquisas escolares e do acesso a museus e enciclopédias. Mas o repórter estava com a cabeça em outro lugar.

Ele chegou bem na hora de irmos ao ar, avisando que inventaria que estávamos navegando, só para criar um gancho. Imediatamente fomos tele-transportados a centenas de lares, e colocados diante das mães preocupadas que eu queria tanto impressionar.

Em pé, ao lado do repórter, sorri para a lente um sorriso cândido que amarelou logo que ouvi o gancho que o rapaz tinha acabado de inventar:

-- Boa noite, telespectadores! Eu e o Mario Persona estávamos há pouco navegando na Internet e vendo as meninas no site da Playboy...


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