Mario Persona é PALESTRANTE, escritor, conferencista, consultor, tradutor, professor de comunicação e marketing. Palestras, workshops, coaching, seminários e treinamentos de vendas, negociação, marketing, estratégia, comunicação, planejamento, gestão, falar em público, redação.

"É prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas
do modo mais simples" -
Ralph Waldo Emerson 

Crônicas de Negócios é um boletim eletrônico periódico de Mario Persona, palestrante, escritor, conferencista, consultor, tradutor, professor de comunicação e marketing, autor de Gestão de Mudanças em Tempos de Oportunidades, Receitas de Grandes Negócios, Marketing Tutti-Frutti e Crônicas de uma Internet de Verão e do e-learning Qualidade no Atendimento. Palestras, workshops, coaching, seminários e treinamentos de vendas, negociação, marketing, estratégia, comunicação, planejamento, gestão participativa, falar em público, redação para a web.

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15/06/2005 O que aprendi com Roberto Jefferson
por Mario Persona

O que aprendi com Roberto Jefferson

:D Espere, não entenda mal. Este continua sendo um blog de comunicação e marketing. Não vou falar de política, nem comentar se procedem ou não as denúncias feitas pelo deputado ao Conselho de Ética da Câmara. Tampouco é minha intenção apresentar qualquer opinião contra ou a favor a questão política ou seus protagonistas. Muito pelo contrário.

Se você tentar encontrar algum teor político nestes comentários, vai se decepcionar. O objetivo não é este. Há outros blogs por aí comentando a questão política do depoimento com maior propriedade e conhecimento do que eu, portanto vou apenas comentar o que aprendi dentro da área na qual atuo: comunicação. Como já atuei como negociador em grandes empresas, conheço um pouquinho das técnicas que o deputado utilizou em sua defesa.

É inegável que o Roberto Jefferson deu um show de habilidade, oratória e comportamento em público. Hein? Ok, então leia "comportamento de comunicação". Um jornal comentou que "por falta de um oponente à altura" — e eu acrescentaria, principalmente em comunicação e oratória — "Roberto Jefferson nadou de braçada". Concordo. Se você for inteligente — e acredito que é — saberá que sempre existe algo para se aprender além daquilo que é a intenção principal de qualquer acontecimento. Neste caso, aprenda a falar em público com Roberto Jefferson. Ou comigo neste link, já que esta é uma de minhas atividades.

Quem não se controla é como cidade sem muros (Pv 25:28)

Primeira lição: autocontrole. Qualquer pessoa que pretenda falar em público deve ter autocontrole, ou ficará vulnerável. Embora alguns acreditem que a melhor e mais convincente estratégia seja o berro, isso só funcionará quando você se dirigir a acéfalos. Para pessoas inteligentes, o descontrole, ainda que ensaiado, é sinal de fraqueza na argumentação.

Vi um deputado descontrolado assim, gritando que era homem e coisas do tipo. A princípio podia até parecer que ganhara a parada, no grito. Bastou a postura quieta de seu interlocutor, o deputado Roberto Jefferson, para apagar todo o fogo que havia acendido. A impressão que deu foi de ter ouvido um "shsssssss...." como faz o fogo quando se apaga com água.

"Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar as pessoas que você é, você não é." Margareth Thatcher

Onde errou? Se exaltou demais, falou repetidas vezes de sua origem humilde, de que não precisava de dinheiro de "mensalão", de que era homem honrado, de que tinha filhos, esposa e mais de 3 mil funcionários diante dos quais não iria engolir as acusações. Pode estar tudo correto, porém numa apresentação pública qualquer esforço de exagerar seus próprios predicados costuma ter efeito contrário. Se eu gritar aos quatro ventos, repetidas vezes, que sou honesto, estou dando margem para minha audiência desconfiar. Evite isso ao falar em público.

Roberto Jefferson comete o mesmo erro de exagero nas repetições, porém para aparentemente inocentar o presidente Lula. Inconscientemente ou deliberadamente, não posso afirmar, o exagero da tônica mais atrapalhou do que ajudou a imagem de quem ele queria defender. Anote aí: sempre que você repetir demais algo, bater com insistência na mesma tecla, a única impressão que vai passar é a de que não está seguro daquela tecla.

"Quem ri por último, ri melhor" Ditado popular

Outro deputado apresentou todos os seus predicados de credibilidade antes de questionar se o "mensalão" não seria a mesma coisa do pagamento "à vista" que Roberto Jefferson afirmou ter recebido. Encerrou sua pergunta com a expressão de lutador satisfeito por levar o oponente ao corner. Não levou.

A habilidade de negociação do deputado acusado o fez usar de um expediente muito útil nessas horas: o viés. Usando de bom-humor e sarcasmo, fez uma continha e rebateu, em tom de brincadeira, que talvez o outro deputado estivesse descontente por seu partido ter recebido um valor menor per capita e, ainda por cima, a prazo, enquanto ele teria recebido à vista. Todos riram com a brincadeira e estava desmontado o argumento do acusador.

No filme "O Santo", com Val Kilmer, há algo parecido quando o mocinho — que no filme também é bandido — negocia com a máfia russa a contratação para um roubo e é ameaçado pelo gangster que afirma poder matá-lo ali mesmo, naquele local público e cheio de gente. O Santo é levado para o corner! O mocinho-bandido boceja, se espreguiça e convida: Que tal tomarmos um café? Aquilo quebrou o encanto, levou seu oponente a aceitar ir até a lanchonete e, chegando lá, é o Santo quem começa dando as cartas.

Em uma negociação, bater de frente é algo que causa estrago demais para ser algo utilizado com freqüência. O viés é uma técnica importante para quem negocia. Roberto Jefferson usou mais de uma vez essa técnica e, às vezes, mesclada com elogios rasgados ao acusador, outra forma de desmontar seu poder ou ímpeto de acusação. Quem é elogiado costuma ter seus ânimos arrefecidos antes de fazer uma nova acusação. Aliás, parece ser uma técnica padrão entre os deputados, porque todos começavam seus discursos dando vazão a elogios rasgados à "Vossa Excelência" que pretendiam massacrar.

Lembro-me de uma reunião de vereadores numa cidade vizinha onde um diálogo ocorreu mais ou menos assim:

— Vossa Excelência é inconstante no que diz! Dá uma no cravo e outra na ferradura!
— Também pudera; Vossa Excelência não pára de mexer o pé!

“Aquilo que VOCÊ É soa tão alto que mal posso ouvir o que VOCÊ DIZ”. Ralph Waldo Emerson 1803-1882

Outros detalhes do comportamento de comunicação do deputado são importantes e servem de escola para quem quiser aprender a falar em público. A mão usada para gesticular aberta nunca era mantida assim por muito tempo. Esticava os dedos e logo fechava a mão como se estivesse agarrando firme aquilo que acabara de falar. Seu gesto de linguagem corporal, além de sugerir à audiência que agarrasse também — e somos propensos a imitar gestos, como quando alguém boceja — evitava demonstrar qualquer tremor que uma mão aberta poderia denunciar.

O olhar treinado não se desviava em momento algum. Olhos que se viram para o alto, como quando fazemos para lembrar — canto superior direito da testa — ou para inventar — canto superior esquerdo — geram a impressão de insegurança. Daí o deputado olhar para frente e fixando os olhos ora numa câmera, ora noutra ou em alguém da platéia que queria impressionar. Não raro a mudança de foco do olhar ocorria durante uma pausa de impacto. O silêncio em meio a um discurso serve para sublinhar o que acaba de ser dito.

“Uma mentira contada mil vezes, torna-se verdade”. Joseph Goebbels

Outra técnica utilizada foi a do detalhe. Se eu disser a você que me encontrei com o Osama Bin Laden, vai parecer mentira, mas se eu falar de detalhes insignificantes, contar que o encontro foi próximo a um pipoqueiro quando eu estava indo à casa de minha tia que há poucos meses teve um problema gástrico e que pediu para eu comprar um remédio e blá blá blá, aumento a possibilidade de tornar minha história crível. O falso encontro com Bin Laden acaba diluído em um número enorme de pequenas verdades que não exigem comprovação que fará o pacote todo parecer real.

Dramatizar a fala também foi uma técnica usada com liberalidade. Se for cassado, Roberto Jefferson pode exercer seu talento nos palcos — dizem que é bom de ópera — ou na próxima novela das 8:00. Porém sua média nesta disciplina foi menor por ter exagerado em algumas partes. Estaria bom para uma novela mexicana, talvez, mas não para uma negociação ou palestra. A dramatização em excesso pode parecer falsa ou piegas.

"A farinha de mandioca esfria o quente, aumenta o pouco, Engana a fome da gente e enche a barriga do caboclo" Sabedoria popular

Outra habilidade que o orador demonstrou ter foi a de inserir elementos novos em seu discurso, sabendo costurar tudo com o que estava sendo dito. Refiro-me às informações que iam chegando e eram colocadas à sua frente por seu staff, com novas revelações sobre o que estava acontecendo lá fora. Qualquer orador deve ser flexível o suficiente para construir sua argumentação à medida que for apresentando. Pessoas que decoram discursos costumam se atrapalhar quando algum elemento novo e inesperado aparece na vizinhança.

Foi a impressão que tive de alguns deputados e deputadas que liam as perguntas que anotaram de antemão por medo de errar. Quando a resposta do deputado retornava com algo de inesperado, seu interlocutor ficava mais perdido do que cachorro em dia de mudança, fazendo lembrar do robô de Perdidos no Espaço quando era confrontado com algo além de sua capacidade. Ele saía dizendo com voz de lata: "Não tem registro... Não tem registro..."

Minha análise das técnicas de comunicação do deputado não é completa. Há outros detalhes que me fogem da memória agora, mas posso voltar aqui para comentá-los. Se você viu alguma outra técnica de oratória utilizada, acrescente seu comentário logo abaixo. Limite-se, porém, às técnicas de comuniação que forem úteis para falar em público e negociação. Outras técnicas foram vistas lá dos dois lados, porém não comento aqui porque para aplicá-las você poderia precisar de uma lona ou de um ringue. [>> Depois, envie a um amigo >>]



Observações após a publicação do texto acima:

  • ROUPA - A roupa sóbria do deputado evitava diluir a atenção que buscava para sua fala e gestos. Acrescento a invisibilidade da gravata no mesmo tom da camisa. Gravata invisível ou a falta dela cria uma ilusão de vulnerabilidade. Isso é explicado pelo próprio hábito dos homens fecharem o colarinho e as mulheres abrirem o decote.

    O pescoço é a parte mais frágil do corpo e praticamente a única que pode ser atingida apenas com as mãos (asfixia ou estrangulamento). O homem, ao proteger o pescoço, cumpre o seu papel de defensor e protetor, mostrando que não está vulnerável. A mulher, ao expô-lo, revela um elemento de atração pela vulnerabilidade e necessidade de proteção. O uso de colares magnifica essa vulnerabilidade ao atrair a atenção para o pescoço.

    Por favor, feministas, não atirem pedras. Na natureza machos e fêmeas vivem em um jogo de atração e repulsa visando a fecundação e preservação da espécie. Não era exatamente isso que o deputado estava buscando ali, mas ao apresentar-se como alguém que está visualmente vulnerável a pessoa acaba criando em seu oponente a idéia de que o embate será fácil. Por isso sempre aconselho negociadores a nunca irem a uma negociação em maioria numérica. A maioria cria logo um sentimento de defesa e de escudo nos interlocutores.




  • PREFÁCIO - A impressão que dava quando víamos todos os deputados fazendo longas introduções era de embromação, de que não sabiam o que iriam dizer, mas não é assim. A técnica para se iniciar qualquer palestra é falar de trivialidades e coisas que são banais e corriqueiras. Como essas coisas estão praticamente gravadas no cérebro de qualquer pessoa, não existe aquele risco de "dar um branco" que apavora qualquer palestrante.

    Começar falando de si, do outro, do time, da família permite que a boca vá mantendo os ouvintes ocupados com aquela mensagem automática, enquanto o cérebro resgata da memória e vá ordenando o assunto principal que se quer trazer, o qual, por não ser algo falado todos os dias, não estará tão na ponta da língua quanto o corriqueiro. É uma espécie de aquecimento da oratória.




  • PENSAMENTO LATERAL - O que parece ter surpreendido muitos leitores foi o fato de eu observar técnicas de oratória em um momento crítico como aquele, quando o foco das atenções estavam todos no conteúdo e não na forma. Este é um exercício importante para a criatividade. A ocupação com o que é patente e evidente nos faz perder oportunidades laterais, como a tremenda aula de comunicação de 6 horas de duração a custo zero. O Roberto Jefferson não é nenhum principiante na arte da oratória e levou anos para aprender isso, portanto, podemos aprender de seus erros e acertos. Alguém disse certa vez que "a diferença entre um homem inteligente e um homem sábio é que o homem inteligente aprende com os próprios erros, enquanto o sábio procura um homem inteligente e o observa".

    Um leitor comentou da cegueira que nos atinge quando estamos indignados com algo e deixamos de perceber outras coisas ao redor. Acho que para isso é preciso treino e uma certa idade. Quando ficamos velhos, nos agachamos para pegar algo no chão e, uma vez lá, perguntamos: "O que mais poderia fazer enquanto estou aqui?" Deve ser isso que ajuda a desenvolver um pensamento lateral.




  • ENTRELINHAS - Há quem tenha levado ao pé da letra meu aviso de que não estava ali comentando política, mas quem leu nas entrelinhas percebeu muito bem as mensagens cifradas que introduzi no texto. Um leitor chamou a atenção para o filme que indico, "O Santo", cujo personagem é, ao mesmo tempo, mocinho e bandido. Roberto Jefferson usou a técnica das mensagens subliminares e entrelinhas em algumas ocasiões. Normalmente são frases soltas no ar que deixam no interlocutor a dúvida: será que ele quis dizer o que eu acho que quis dizer?

    Quando você se dirige a uma audiência pouco sofisticada, vai ter que falar tim-tim por tim-tim, tudo explicadinho e mastigadinho, tirando as conclusões para a audiência. Quanto mais sofisticada for sua audiência, mais você terá que evitar tirar conclusões para ela, falando na forma de conceitos e deixando que sua audiência conclua. Algo como colocar os pontos e deixar que a audiência ligue os pontos e pinte os espaços, como naqueles cadernos de colorir. Uma audiência sofisticada vai ligar os pontos com seu próprio raciocínio e pintar com suas próprias tintas e vai concluir que você falou com conhecimento do assunto, seja seu ouvinte um biólogo, geógrafo ou físico nuclear.




  • SARCASMO - Um leitor comentou sobre o tom de ironia e sarcasmo de Roberto Jefferson, indagando se isso não é um ponto negativo em sua oratória. É preciso muito cuidado com manifestações ou "caras" de sarcasmo, ironia e até riso porque pode criar a impressão de querer ser superior ao seu interlocutor. Numa negociação ou palestra o segredo não é se colocar por cima, mas fazer com que as pessoas cheguem a essa conclusão. Definitivamente humilhar seu interlocutor ou sua audiência, jamais!

    Um segredo: em minhas palestras às vezes brinco de depreciar os homens e valorizo as mulheres, pois isso fica cômico partindo de um homem. O resultado é que todos, homens e mulheres, acham divertido. Isso ficaria péssimo se fosse feito por uma mulher ou se eu fizesse o contrário, valorizando os homens em detrimento das mulheres.

    Em suma, se tiver que usar sarcasmo, ironia ou rir de alguém, faça isso consigo mesmo. As pessoas não vão levar a sério e vão ficar com a impressão de que você está tão acima disso tudo que merece subir no conceito delas. É mais ao menos quando o erudito se distrai e fala português errado. Todos vão achar que está brincando e que, por ser erudito, pode se dar ao luxo de falar assim.




  • STORYTELLING - Roberto Jefferson revelou-se um grande contador de histórias. Contar histórias é uma excelente técnica para prender a atenção de uma platéia e criar credibilidade. As pessoas podem estar interessadas em dados e fatos, mas quando o orador consegue servir esses mesmos dados e fatos na bandeja de uma história bem contada, aumenta tremendamente o poder de persuasão e retenção.



  • OBJETIVIDADE - Quem não é da área do direito deve ter sentido a mesma ansiedade que senti quando alguns deputados, principalmente os mais velhos, começavam a falar. A maioria deles formados em direito, carregam o vício do discurso floreado acreditando que quanto mais palavras, maior o efeito. Engano. Advogados pensam que sabem falar, mas não sabem. Pelo menos os advogados brasileiros, que se orgulham daquela linguagem medieval, rebuscada e cheia de latinismos. Outro dia um advogado disse que gostava mais dos processos brasileiros porque eram mais ricos. Será que essa riqueza toda é que emperra a máquina da justiça?

    Dizem que os filmes de Hollywood que se passam em tribunais jamais poderiam ser feitos no Brasil, ou ficaríamos uns dez dias no cinema. E isso não é apenas em razão de um texto em português ficar uns 20% maior do que o mesmo texto em inglês. Boa parte da culpa pela falta de objetividade é do excesso de gordura na língua. Numa época quando ninguém tem tempo e todo mundo come fast-food, é preciso aprender a ser objetivo, ter poder de síntese e ir logo nos finalmentes. Neste ponto o deputado Roberto Jefferson estava menos para advogado do que seus colegas na platéia, que falavam da caixa inteira antes de chegar ao fósforo.




  • MEA CULPA - Ao admitir que seu partido recebeu dinheiro e ao dizer ser isto prática comum, Roberto Jefferson se vale de outro expediente extremamente eficaz em qualquer negociação ou disputa. Quando admitimos que erramos, deixamos menos espaço para o adversário nos acusar. Às vezes isso surpreende de tal maneira o outro que toda a argumentação que tinha construído para atacar vai por água abaixo. Sugiro aqui as cenas finais do filme "8 Mile - Rua das Ilusões" com Eminem, que mostra de forma magistral como isso funciona na prática. Outra grande jogada, que sucede esta, é convidar a todos para que façam o mesmo, que admitam que também são culpados. Ao fazer isso, Roberto Jefferson criou uma imagem de coragem e, já que todos temos culpa em algum cartório, ou nos calamos admirados ou tentamos nos justificar e aumentamos a admiração dos calados que sabem que temos telhado de vidro.




  • INCISIVO - Demonstrar segurança naquilo que está dizendo impressiona. Ser incisivo nas afirmações, também. A ousadia tem um papel importante na negociação, mas tudo isso - ser incisivo, demonstrar segurança e ser ousado - são coisas que não podem ser usadas dentro de um contexto de berro e prepotência. Neste caso assusta, mas não convence. O uso dessas táticas dentro de um limite de quem não precisa gritar para ser ouvido gera a impressão de autoridade. Se essa sensação de autoridade auto-revestida for bem aproveitada, o negociador será ousado o suficiente para ordenar a um super-ministro que saia do governo. Com palavras dirigidas diretamente à pessoa - "Sai daí logo, Zé" - olho fixo na câmera que sabe que irá levar o recado, como se criasse um lapso de tempo no qual só os dois estão presentes. No caso em análise, a ordem foi atendida em cerca de 50 horas.




  • CUMPLICIDADE DOS CIRCUNSTANTES -
    O caso todo é muito parecido com a origem da expressão "Esses aí são outros quinhentos". Conta-se que numa cidadezinha do nordeste, um vigarista andou por toda a cidade e, a cada pessoa que encontrava, puxava um dedo de prosa só para dizer que estava indo até a igreja emprestar 500 mil réis ao pároco que lhe havia solicitado empréstimo. Conversou com todos, menos com o padre, e viajou. Um mês depois voltou e, assim que na missa se ouviu o amém final, falou em voz alta para o padre:

    - Padre, será que dava para devolver aqueles 500 mil réis que lhe emprestei?

    - Quais, meu filho - perguntou o cônego surpreso - Você não me emprestou esse dinheiro.

    - Emprestei sim, pouco antes de viajar.

    Aí começou o burburinho na igreja, com todos dizendo que sim, que ouviram, que viram etc e tal. O coronel da cidade, percebendo a saia justa - ou batina justa - na qual o padre estava envolvido, falou em alto e bom tom para todos os fiéis ouvirem:

    - Meu amigo, você está enganado, não foi para o padre que você emprestou, foi para mim.
    - Coronel, esses aí são outros quinhentos. - aproveitou o vigarista.


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FALAR PARA LIDERAR
HERÓDOTO BARBEIRO

Grande parte das pessoas, que trabalham nas mais diversas áreas, já entendeu a importância e a necessidade de saber falar bem em público. Napoleão Bonaparte, Martin Luther King, Silvio Santos, entre tantos outros grandes líderes, destacaram-se na sociedade pelo uso racional da palavra, arrastando multidões para ouvir o que diziam. E falar em público é algo que se aprende, se conquista. Pensando nisso, Falar para liderar traz inúmeras dicas de oratória, mas, ao contrário de outros livros do gênero, não se resume a isso; nele são abordadas diversas técnicas eficazes, ressaltando a importância de saber trabalhar com a inteligência emocional para obter melhores resultados nas apresentações.

E a gorjeta, doutor?


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Gostei desse blog.
Gostei do comentário "O que aprendi com Roberto Jefferson"

De fato, Roberto Jefferson, é o melhor orador que conhece.

De fato, temos muito o que aprender com Roberto Jefferson.

Tenho, pelo Roberto Jefferson, grande admiração, por sua comunicação corporal, expressão facial e ton de voz.

Eu Amo falar em público.

Se comunicar é transmitir credibilidade, confiança, empatia, organização de idéias e personalidade. É através e pela comunicação que o sujeito se relaciona, se integra à sociedade, demonstra seus sentimentos e se constitui de forma singular numa sociedade plural.

Petrolina-PE, Brasil

Enviado por Sr. Evanilson de Souza Alves em 06/06/2007


Olá tudo bém? Sou observador de Roberto Jefferson e de seus discursos sobre o Mensalão. Acabei de ler os seus cometários sobre as tecnicas de ORATÓRIA, e quero dizer que aprendi algo sobre observar os detales, coisa que nunca fiz, ou o fiz em parte. Meus agradecimentos pelas informações contidas nesse site. Paulo Fernandes.

Enviado por Paulo Fernandes em 08/01/2007


POR FAVOR PRECISO LOCALIZAR O ROBERTO JEFERSON.
QUALQUER TIPO DE CONTATO
FONE
EMAIL
ENDEREÇO
OBRIGADO.
WASHINGTON

Enviado por WASHINGTON em 29/06/2006


As opnioes sobre o ex-deputado RJ sao as mais variadas possíveis. Uns o odeia pelo seu cinismo teatral, ironia e seu envolvimento na corrupçao. Outros o odoram pela sua inteligencia acusativa e pelo seu discurso eloquente.
A verdade é que ele é tudo isso. Assim, devemos ficar com a parte boa dele (aprender sua oratória ) e condenar seus atos corruptíveis.

Enviado por Daniel em 09/05/2006


online ********* main

Enviado por johrvf1@mail.ru em 26/04/2006


Olá, Mário
O seu comentário é legal, apesar que, o que aconteceu é coisas bem antiga só faltava ser descoberto. Sou jovem, ainda não sou formado.

Enviado por Joalyson em 18/04/2006


Ao escrever um post a respeito de Pensamento Lateral (num Blog sobre Transdisciplinaridade) fiz uma pesquisa e caí neste artigo.

Interessantíssimo! Já coloquei seu blog nos meus favoritos.

Apreciei bastante o humor atrás das citações, bastante pertinentes.

Um grande abraço de Cabo Verde

Jorge

Enviado por Jorge Sousa Brito em 11/04/2006


Cara!
Não sou formado em nada, mas tenho tbem um pouco de RJ e um pouco de LL, agora que o assunto de falar em público é uma coisa interessantíssima é!
Faço parte de alguns movimentos aqui em Porto Alegre, e como percebí que usa de citações vou valer-me de uma "Dái a César o que é de César1" não vou julgar a questão política, agora que o home é fera no babado de falar, isso não tem que negue!
Virei um leitor seu!
Um abração!

Enviado por krlos em 04/04/2006


Ola Mario td bem?
adorei o que vc escreveu sobre o Dr. ROBERTO JEFFERSON, eu resolvi estudar Ciências Políticas depois daquele show que ele deu. Agora gostaria de saber alguma coisa dele. onde ele está? o que está fazendo? como são seus discursos como advogado? se ainda está fazendo alguma coisa como político? ou se vai seguir carreira como cantor.
beijos

Enviado por Iza em 28/02/2006


Li e gostei. Suas observações sobre Roberto Jefferson remeteram-me a uma célebre (pelo menos pra mim) frase de Nelson Rodrigues:
"Todo canalha é magro."
Juro que não estou falando da dieta do presidente Lula. Lembrei-me da cirurgia de redução de estômago de Roberto Jefferson. Canalhas pensam muito, são estratégicos. Obrigado Mário!!!!!!!!!!!!!!!!!1

Enviado por Moises Souza em 21/02/2006


Todos falam da retórica maravilhosa de Roberto Jeferson, basta ler jornais para ver que ele apenas falad= de coisas que ja haviam sido ditas, o que é credito dele, é o tom
denuncista patético, que so agrada aos noveleiros de plantão , so queria ver se isto tudo estaria acontecendo se ao mesmo tempo estivesse ocorrendo um Big Broder....

Enviado por Angela em 24/09/2005


E ai mario!tudo bem.Sabe que eu havia notado o fato de que muitas pessoas ficaram admiradas com o discurso de Roberto Jeferson(inclusive eu),mas nao sabia o por que desse fato.Depois de tudo o que se soube sobre ele,ninguem se refere a ele como bandido,mas sim como cantor,homem corajoso,etc.Depois da sua dissecaçao do tema pude compreender.Muito obrigado

Enviado por FABIO RICARDO MOREIRA UMPIERRE em 11/07/2005


Sou estudante de Direito e seu texto vai me ajudar muito nas práticas de sustentação oral.
Um abraço.

Enviado por personare em 10/07/2005


Prezado articulista,
Na minha opinião, a maior de todas as lições que se pode tirar desse episódio e que é urgente a necessidade de exercitarmos melhor o direito do voto : há que se refletir sobre o cenário político para que possamos escolher com critérios éticos nossos representantes! Todas as "lições" apresentadas não se referem a uma pedagogia para a DEMOCRACIA!!!!!!

Enviado por M. A. Farias Galvão em 10/07/2005


Sr. Persona,

Foi demais, os seus
"comentários", parabéns.
Adorei conhecer o teu blog.

Enviado por Mônica Ferreira em 08/07/2005


Muito bom! Você me fez ver detalhes, que nesse caso, se tornaram importantíssimos para o objetivo a ser alcançado.
Parabéns, isso ajuda muito a pessoas como eu, que tem interesse em aprender sempre.

ps. gostaria de receber mais conteúdos sobre liderança, negociações, oratória, etc.

Enviado por Marcio em 08/07/2005


Assistir algumas vezes o depoimento do Deputado Roberto Jefersom, e sua postura foi própria do ser humano " A DA AUTO DEFESA " um verdadeiro marketing de cinismo " Se ele afirmou que tem mais de 3 mil funcionários, o quefaz na Camara Federal ganhando uns miseros 12 mil Reais???? por que não cuidar de seus empreendimentos? Assim não dá!

Enviado por manoel araujo da silva em 05/07/2005


Fiquei contente em encontrar estes comentários sobre a atuação do quase-ex-deputado Roberto Jefferson nos últimos dias. Ministro cursos de oratória, mediação e negociação e é inegável o olhar "clínico" sobre o desempenho do deputado. No que concerne ao foco do conflito nesta situação, percebe-se nitidamente que do outro lado - leia-se José Dirceu e o Palácio -, alguém não cumpriu com sua parte nos acordos firmados, levando-o às acusaçoes. Como orador ele tem dado muita aula.
abraços

Enviado por RenathoMafra em 05/07/2005


Quando recomendo aos meus amigos a leitura dos seus comentarios, vira assunto no elevador, na empresa. simples e acompanhado de uma ilustrativa aula de vendas!
vale a pena !
blogdolula.blogspot.com

Enviado por luiz antonio em 04/07/2005


Persona, já li vários textos de sua autoria, mas este se destaca imensamente. Talvez por ser uma análise direta e "técnica" - uma aula, como outros já se referiram.

Vale lembrar no depoimento de RJ a resposta a outro deputado: "admiro os gostos de vossa excelência, que é mulherengo e gosta de jogo" Ou algo do gênero, como se estivesse dizendo "sei de outros podres seus, melhor ficar quieto"

Parabéns pelo texto.

Enviado por Kenji em 24/06/2005


Caro Mário Persona:

Li seu artigo na NOVAE e, como estou com a minha cota de comentário estourada na seção “Manifeste-se”, resolvi me dirigir diretamente a você, evidentemente me limitando “...às técnicas de comunicação que forem úteis para falar em público e negociação”, conforme você recomenda.
Em vista de minhas limitações pessoais, não sei se estarei abordando o assunto da forma recomendada, em todo caso, só saberei disso se você achar bom bem e tiver tempo para me responder.
Sempre achei que toda revelação bombástica, cuidadosamente apresentada, surpreendentemente revelada (seja verdadeira ou falsa) funciona como uma bomba de gás lacrimogêneo: todos se dispersam, correm, caem, levantam-se, continuam correndo; uns são pegos e detidos; a maioria dos que são detidos logo são postos em liberdade; dentre esses que porventura permanecerem detidos, alguns são torturados (moral ou fisicamente) e, eventualmente, pode ocorrer a condenação de alguém. No desenrolar de tudo isso, podem ocorrer delações, desentendimentos durante acareações, desmentidos, confirmações, confissões e negações, arrependimentos e auto-afirmações...
Observe que falei de uma bomba de gás lacrimogêneo, um artefato dito como de efeito moral, porém capaz de causar alguns danos além das funções apropriadas.
No meio daquele corre-corre, algumas pessoas se defendem correndo de olhos fechados, devido ao ardor provocado pelo gás; estas estão mais sujeitas a toparem e caírem, sofrendo até mesmo traumas físicos.
Outros correm piscando insistentemente, mesmo assim também estão sujeitas a um tombo, pois a visibilidade é precária no meio da fumaceira e podem sofrer as mesmas conseqüências dos que correram de olhos fechados
Mas a fumaça também ataca os pulmões, provocando náuseas e conseqüentes vômitos, por isso existem aqueles que tampam o nariz, aí têm pouco tempo para sair dali, pois precisam respirar. Na correria, podem se acidentar.
Ainda há os que iam passando pelo local do conflito, pararam, sentaram-se, encolheram-se num canto e choraram (são os que foram detidos e soltos). Ao contrário desses, muitos dos que foram agredidos pela bomba, enfrentam a tropa de choque atirando pedras e até mesmo uma das bombas que ainda não explodiram (houve casos em que ela explodiu em sua própria mão, mas também casos em que a bomba foi parar no meio dos que a arremessaram).
Existe sempre uma platéia, lá do alto dos edifícios ou nas esquinas mais distantes, assistindo a tudo. Uns torcem pelos que jogaram a bomba, outros defendem os que foram atacados e outros dizem : “eles que são brancos que se entendam”.
Se a imprensa estiver presente, dependendo do interesse da empresa jornalística, as imagens mais veiculadas serão as da tropa de choque arremessando a bomba, usando um lançador de última geração, digital, com recursos tecnológicos que permitem ajustar a velocidade e alcance da bomba, mas que, em alguns casos está sujeito a falha humana, o qual permite risco de explosão no próprio dispositivo de lançamento, da ordem de 0,001%. Se o interesse levar o foco das câmeras para o outro lado, podem destacar a ação rebelde de “vândalos”, ou, pelo contrário, a defesa de militantes dos direitos humanos, vítimas de autoritarismo; também podem se concentrar nos inocentes que caíram de pára-quedas no front, ou na opinião da platéia (dos a favor ou dos contra, dificilmente dos dois).
Mário, desculpe-me, mas vou ter que parar por aqui, pois já nem sei do que estou falando. Peço mil desculpas por tê-lo feito perder seu tempo, mas não consigo desenvolver a “tese” sobre Comunicação que pretendi defender. A analogia que inicialmente me assomou às idéias escafedeu-se. Foi como um dos brancos que já me deu quando tive oportunidade de falar em público.
Mesmo assim resolvi lhe mandar isso aí.

Cordialmente.

Fernando
P.S.: desculpe-me ainda por enviar esse texto sem ao menos arrumá-lo conforme deveria fazer.

Enviado por Fernando Soares Campos em 24/06/2005


Muito bom...
É pena que muitos não tenham essa visão de tirar proveito de um fato como esse deixando de lado a questão política. Sua análise foi simplesmente surpreendente!

Enviado por Celio em 23/06/2005


Adorei Mario!!!
Parabéns pelo seu comentário já se passaram 7 dias após a sua observação e continua no mesmo acho que tudo vai acabar em pizza...esses deputados poderiam seguir o exemplo dos monges que abdicam dos bens materias e vivem de meditação, seria bom, nos amarmos e amedrontar todos os politicos , lembrando que não se rouba facil o que é do povo...ganham muito bem e ainda permitem se corromper.

João Oliveira
Casa Nova- Bahia

Enviado por João Oliveira em 22/06/2005


Prof. Mário;

Sou leitor de seus textos e artigos - no site - já há algum tempo. Muito tenho aprendido com eles. Obrigado.
Desejo que esta aula de senso de discernimento e análise acurada - "O que aprendi com Roberto Jefferson" - que provoca mudanças de comportamento no que diz respeito à nossa postura diante das notícias e sobre comunicação eficiente e efetiva, atinja o maior número de pessoas possível.

Abraços;

Fabiano Goulart

Enviado por Fabiano Goulart em 21/06/2005


Professor,

mais uma vez gostei desta aula.

Abraço

Enviado por Eder Tuler em 21/06/2005


Parabéns pelo seu site e suas crônicas onde sempre usa uma linguagem clara e dinâmica. Sou professor de informática e gosto de estar atualizado onde procuro mostrar a juventude que o melhor caminho pra mudar o que esta errada e estar bem informado sobre tudo sempre observando os vários ângulos da mesma informação.
"só é convincente que é convicto”.Talvez Roberto Jefferson se preparou tanto, treinou tanto que até ele mesmo acreditou em tudo q ouvira sair de sua boca.
Toda verdade tem uma pitadinha de mentira e toda mentira tem uma pitadinha de verdade... vai depender de como você fala e de como o outro quer ouvir.

Enviado por Rafael Henrique em 20/06/2005


Caro Mário Persona,
Sou leitora assídua de seus artigos e admiro sua visão peculiar dos fatos. Como já foi comentado, enquanto todos estavam atentos a acusação de Roberto Jefferson você, com brilhantismo, pôde tirar boas lições desse episódio repugnante da nossa história política. Só gostaria de destoar um pouco do coro. Em momento nenhum o deputado convenceu-me de que algo que ele dizia pudesse ser verdade; seu discusso me pareceu ensaiado e ele fazia muitas "caras e bocas". Seria como se o traficante assassino de Tim Lopes virasse para a advogada de acusação e dissesse: "Olhe, eu sou inocente e por isso vou lhe contar exatamente como tudo aconteceu para que você acuse os verdadeiros culpados".
Uma pessoa que não tem nenhuma credibilidade pode ter feito o melhor curso de oratória que todos terão sempre a certeza de que ele está mentindo (até se disser a verdade!).

Enviado por Liliani Cartonilho em 18/06/2005


Estimado Mário,

Não lhe conheço pessoalmente mas, acompanho todas suas crônicas e confesso que me sinto muitas vezes estimulado a prosseguir na minha jornada.

Agradeço a Deus pelas tuas palavras de sabedoria, vc com muita sabedoria separa o "joio do trigo", o relevante do irrelevante.

Deus te abençoe !!!

Rolf Venske

Enviado por Rolf Venske em 17/06/2005


Mário,

Primeira vez que tomou conhecimento da existência do seu site e da sua existência, embora leigo e auto-didata costumo muito de comunicação especialmente de oratória, suas colocações quanto ao discurso foram extraordinárias, estava á procura de alguém que tivesse visto e analisado a performance do Deputado por esse prisma, realmente ele foi imbatível e concordo que a falta de habilidade de seus oponentes facilitou muito, creio que se tivesse como oponente uma Heloísa Helena ou Artur Virgílio, principalmente o segundo as coisas não seriam tão fáceis.

Enviado por JUNEI MARTINS em 17/06/2005


Caro amigo Mário,
De muito me serve suas crônicas e lições de comunicação.
Sou estudante de Publicidade e Propaganda e assisti a maioria do depoimento do deputado Roberto Jefferson analisando seu discurso com um olhar - mesmo que leigo - comercial.
Realmente ele é um bom orador, quer dizer, ator.
Muito bem feita a análise pelo Sr.
Obrigado e até breve.

Rodrigo Clemente
Estudante de Publicidade e Propaganda
Estagiário - Editora Moderna

Enviado por Rodrigo Clemente em 17/06/2005


Que Aula!!!!

Obrigado!

Luciano

Enviado por Luciano Ludwig em 17/06/2005


Mário,

Muito obrigado por mais essa análise ímpar.

Emerson Andena
Analista de Telecom
Campinas S.P.

Enviado por Emerson Andena em 16/06/2005


Ler os textos de Mário Persona é sempre um momento para reflexão... Cada dia aprendo mais com vc! Um grande abraço de toda galera de MT.

Enviado por ^jota^ em 16/06/2005


Mário,
boa tarde!

As suas considerações são

Mário,

parabéns por mais esta matéria, mostrando-nos um momento único e imperdível para fazermos de nossa observação quanto as posturas analisadas no texto, que podemos fazer a "história" de nosso país dignamente e não optarmos por estar a margem dela!
abençoado seja você sempre junto aos seus.
Abraços
Fatima Zaia

Enviado por Fatima Zaia em 16/06/2005


Arrrrasou, a simultaneidade e a leitura por outro ângulo quando todos analisam apenas o fato político me surpreendeu positivamente. É muito bom receber Mário persona em casa!
Abraços.

Enviado por Suely Barros em 16/06/2005


Mario

Parabéns.

O Conteúdo de sua análise será de enorme utilidade, principalmente para quem lida com comunicação. Como sempre deu um show.

A minha esposa, professora de Português, vai até usa-la em sala de aula, com a sua devida anuência, é lógico.

Esquecendo o lado político, O Roberto Jefferson lembra o Paulo Maluf, dono de uma grande capacidade intelectual, de raciocínio e locução verbal, de fazer inveja a qualquer orador ou mediador.

Um abraço do amigo
Nelo J.Scarcella Jr

Enviado por Nelo José Scarcella Jr em 16/06/2005


Oi, Mário.

Adorei, pena você não morar em Brasília, teria aproximadamente
530 alunos na câmara e 81 no Senado. Muito embora, eu ache tarefa quase impossível capacita-los.

Enviado por Marise em 16/06/2005


Mário,

Excelente os seus comentários e observações. Sou formando em administração/marketing e vou distribuir o seu texto na minha próxima aula de negociação.

Forte abraço

Enviado por Geraldo A. Ratacheski em 16/06/2005


Mario,
Excelente a tua análise, muito bom compreender por este ângulo a entrevista. Notei também o cuidado com a roupa, discreto no vestuário chamou atenção para suas expressões, principalmente o olhar incisivo que direcionava aos interlocutores escolhidos.

Enviado por Jeea em 15/06/2005


A lição deste artigo demonstra que devemos estar atento aos discursos dos políticos pois o aprendizado é maravilhoso e contribui para que aprendemos coisa "boas" e outras que devemos abolir.Como por exemplo o "embromechion" que alguns deputados faziam antes de perguntar, como que buscando assunto de aparecer, são os "ROBERTS" da vida. Não podemos deixar de comentar as roupas do deputado jefferson, algo impactante e que fechava o ato teatral.

Enviado por José Raimundo Barros em 15/06/2005


Mário,

Mais uma guru!

Mais uma aula substancial... e de graça!

Essa sua análise praticamente simultânea aos acontecimentos, extrapola todas as expectativas.

Deus continue a abençoá-lo nesse seu ministério de "coaching" de seus fiéis "alunos" e seguidores.

Abraço,

Antonio Lopes

Enviado por Antonio Lopes em 15/06/2005


Mario, excelente artigo, parabens.

Observei tambem que o Deputado Jefferson destacava o grupo de pessoas que queria atingir, por exemplo, nao era todo um partido, e sim alguns, este estratagema foi repetidamente enfatizado varias vezes.

Desta forma ele evitava uma antagonia generalizada.
-------------
Mario Persona responde: Exatamente, Jairo. Desta forma ele, além de reduzir a retranca, criava duas classes de pessoas em sua divisão da audiência entre os que fizeram e os que não fizeram ou jamais fariam. Estes últimos tomavam isso como lisonja e deixavam de lado o embate, evitando passar para o lado dos acusados e se transformando, naquele momento, em aliados secretos de Roberto Jefferson.

Enviado por Jairo Fonseca em 15/06/2005


Ótimo....
Muito bom comentário Mário com sempre você acerta, muito inteligente como usa a idéia do "SANTO" para compara com Roberto Jefferson. Ficarei mais atendo agora depois dessa crônica

Enviado por Leandro Ferreira em 15/06/2005


Uau!

Enviado por Diego Eis em 15/06/2005


Parabéns!
Os seus comentários a respeito do depoimento do deputado Roberto Jefferson foram admiráveis e muito úteis. Realmente foi uma verdadeira lição de como se comportar e falar em público, virando o jogo contra seus interlocutores. O auto controle demonstrado pelo deputado é digno de elogio. Acho que ele até prestou um serviço a nação desmascarando seus interlocutores e denunciando os fatos graves que ocorrem, patrocinados pelos nossos representantes no Congresso, que virou um balcão de negócios.

Enviado por Marco Antonio em 15/06/2005


Muito Bom !!
Mario,
Vc possui um potencial excelente. Adorei!! Quando estamos indignados com alguma situação ficamos cegos para algo que nos faça crescer. Ainda bem que vc é nossos olhos!! Para quem trabalha com comunicação a sua crônica faz toda a diferença.
Abraços. Débora

Enviado por Debora C. S. em 15/06/2005


Brilhante Mário. Tão brilhante que até me esqueci de comparar se ele era acusado ou acusador :)

Abraços

Enviado por Antonio Carroça em 15/06/2005


Adorei seu texto, Mário. Apesar de estar começando a ler somente agora textos de comunicação, e não ter um boa base para argumentar, estou adorando seus textos. Está melhorando muito minha relação no trabalho.
Grata.

Enviado por Vânia em 15/06/2005


Caro Mário,

Mais uma vez, vc arrasou! Além da agilidade com que postou seu comentário, o conteúdo está riquíssimo. Gostei de cada tópico apontado.

Aqui vai um questionamento: o tom de ironia e o sarcasmo empregado pelo deputado, demonstrando desrespeito não só pelos interrogadores, mas, talvez, pelo público de maneira geral, não pode comprometer seu discurso? Me pareceu que em alguns momentos ele exagerou na ironia e isso poderia angariar antipatia dos ouvintes, reduzindo o impacto da comunicação como um todo.

Vou dar um exemplo de ironia que acho muito mal empregado: a Veja dessa semana traz, na pg. 69, a manchete: "O mensalão da perua", referindo-se à Marta Suplicy. Ora, não me simpatizo nem um pouco com ela, mas o tom desrespeitoso, agressivo, absolutamente tendencioso de um veículo que deveria se primar exatamente pelo contrário, me armou o espírito, logo de abertura, contra o conteúdo.

Vi, no depoimento do deputado Roberto Jefferson, em vários momentos, alguma coisa parecido. O que vc pensa sobre isso?

Um grande abraço,

Lourenço
--------------
Mario Persona responde: Bem lembrado, Lourenço. É preciso muito cuidado com manifestações ou "caras" de sarcasmo, ironia e até riso porque pode criar a impressão de querer ser superior ao seu interlocutor. Numa negociação ou na palestra o segredo não é se colocar por cima, mas fazer com que as pessoas cheguem a essa conclusão. Definitivamente humilhar seu interlocutor ou sua audiência, jamais!

Um segredo: em minhas palestras às vezes brinco de depreciar os homens e valorizo as mulheres, pois isso fica cômico partindo de um homem. O resultado é que todos, homens e mulheres, acham divertido. Isso ficaria péssimo se fosse feito por uma mulher ou se eu fizesse o contrário, valorizando os homens em detrimento das mulheres. Em suma, se tiver que usar sarcasmo, ironia ou rir de alguém, faça isso consigo mesmo. As pessoas não vão levar a sério e vão ficar com a impressão de que você está tão acima disso tudo que merece subir no conceito delas. É mais ao menos quando o erudito se distrai e fala português errado. Todos vão achar que está brincando e que, por ser erudito, pode se dar ao luxo de falar assim.

Enviado por José Lourenço em 15/06/2005


Adorei os comentários,de maneira sutil e inteligente foimostrando o poder da oratoria.Parabens Ligia

Enviado por ligia em 15/06/2005


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Curioso para saber quem sou? Ok, você pediu. Para poupá-lo, vou começar nos anos 70. Após a fase mauricinho, virei hippie. Isso mesmo. Compus, cantei e toquei em festivais, vivi 3 anos só de macrobiótica e vesti bata de algodão de saco de farinha. Despojamento exterior de um Gandhi, mas vivendo como a rainha da Inglaterra, PAItrocinado no conforto de um apê só meu no Guarujá e faculdade particular em Santos.

Fim dos anos 70, desenhista, designer de ambientes e cartunista, recém formado arquiteto, metido em movimentos de contracultura e volta à natureza, fui morar no mato. Comprei um sítio após uma tentativa frustrada de morar numa comunidade. Onde? Alto Paraiso, GO. Foram 3 anos cantando "Refazenda", criando carrapatos, plantando mato e comendo arroz integral com gersal.

Foi também no fim dos 70 que nasci de novo, após três anos errando à procura de um sentido para a vida em filosofias do extremo oriente. Minha procura terminou no oriente médio
e os anjos ficaram alegres.

Voltei à civilização para continuar a carreira de arquiteto. Tive escritório de arquitetura, fui vendedor de materiais de acabamento, negociador no Banco Itaú e Cia do Metrô, editor de publicações cristãs da Verdades Vivas, tradutor técnico e diretor de comunicação e marketing da Widesoft.

Dinossauro da Internet no Brasil, em 1996 criei meu primeiro site, o bilíngüe
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Descobri o ócio criativo e faço que gosto trabalhando em casa. Meus clientes nunca iam ao meu escritório — nem eu — por isso decidi assumir o modelo home-office, conectado a um atendimento profissional, empresas parceiras, ao meu filho
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