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15/03/2005
Cá, com os meus botões. Lá, aos borbotões.
por Mario Persona
Cá, com os meus botões. Lá, aos borbotões. Sou introvertido. Ao contrário do que você possa pensar, eu nunca sonhei com você, quase nunca vou ao cinema, não gosto de pagode e não vou a Ipanema, só gosto de chuva e não gosto de sol. E se nunca telefonei, nem para a Lígia, é porque só ligo para alguém se tiver algo para resolver. Conversar ao telefone, nunca. Converso cá com os meus botões, mas não me isolo.
Talvez, por ter um temperamento assim, acabei criando uma rede imensa de relacionamentos virtuais, pessoas com as quais troco figurinhas há anos sem nunca ter sentido o seu hálito. Se cá converso com os meus botões, lá converso aos borbotões. E é dessa minha rede que vem a notícia de que meu quinto livro "Marketing de Gente" aparece em quinto lugar na lista dos mais vendidos em sua categoria na FNAC. Em quarto está o Philip Kotler. Mas a minha rede de relacionamentos não pára aí. Minha rede nacional informa ainda que a última Você S.A. menciona meu livro em uma de suas páginas, enquanto a rede que mantenho com ramificações internacionais revela que uma crônica tirada de meu livro "Receitas de Grandes Negócios" enfeita o verso do cardápio de um restaurante brasileiro em Miami. E a sua rede, o que faz por você? Redes de relacionamentos sempre existiram, mas agora a tecnologia amplificou sua ação. Quem souber tirar proveito delas tem muito a ganhar. Foi o que fez uma empresa quando precisou de uma pesquisa entre consumidores de pastilhas extra-forte de menta, do tipo que chupo em minhas palestras. Como sei disso? Alguém de minha rede de relacionamentos me contou. Não o que chupo, mas o caso da pesquisa. Após descartar os meios convencionais de pesquisa, pela dificuldade de arrebanhar rapidamente uma população de gente que chupa pastilhas extra-forte sem engruvinhar o rosto, a empresa inovou. Onde encontrar um grupo que consumisse tais pastilhas? Se você respondeu "no Orkut", acertou. Vi no Orkut diversas comunidades reunindo pessoas que amam pastilhas de menta em suas diferentes versões. É claro que todos ali conversam sem sentir o hálito, mas o precedente daquela empresa em fazer pesquisas de opinião onde as redes de relacionamentos já estão reunidas por afinidade pode mudar muita coisa. Se ajudar a fabricar uma pastilha com gosto de Vick's Vapor Rub como a que chupei nos EUA, já me dou por satisfeito. Enquanto isso vou chupando uma de sabor menta-laranja para substituir. Mas é claro que nada substitui o relacionamento ao vivo e em cores, conversar de perto, cotovelos na mesa, olhos nos olhos, e podendo sentir se o hálito mente ou é menta. Mas alguns cuidados precisam ser tomados, principalmente na hora de conversar com quem sofre de tiques de relacionamento. Falo daquele que segura sua mão no começo da conversa e não larga até a hora de ir embora. Você deve conhecer alguém assim. Por favor, não diga que falei dele aqui. Mas que é chato é, ficar ali amarrado. Se a mão for daquelas úmidas e pegajosas, então... Tem também o que fala perto e nem chupa uma pastilha para o hálito por precaução. Sabe qual é, aquele que fica com o pára-choque dele colado ao seu. De quinze em quinze segundos você dá um passo para trás e ele dá um passo para frente. Em meia hora você percorreu um quarteirão, de ré e na pole position, com o sujeito colado no seu vácuo. Você deve conhecer alguém assim. Nem mencione que eu falei dele aqui. E quando o tique do sujeito é cutucar sua barriga? Aí é a morte de quem sofre de cócegas ou de hérnia no umbigo. Uma versão mais inquietante é aquela do que brinca com sua gravata ou com os botões de sua camisa. Conheci um cara assim, que só conversava comigo mexendo no botão de minha camisa. Acho que era uma espécie de insegurança do rapaz, que precisava segurar no botão para se sentir conectado. Conhece? Ou será você o próprio? Se for, faz isso para se sentir seguro, para vencer a distância que o separa das pessoas, para criar um elo de contato... ou o quê exatamente? Sempre quis perguntar. Tenho ainda outra pergunta. O que pessoas como você fazem quando encontram alguém de camiseta? E mais, como teriam lidado com essa compulsão antes da invenção das calças com zíper. Quer um conselho? Apenas converse com os botões. [>> Envie a um amigo >>] Comentários? Deixe os seus no formulário mais abaixo.
| | 100 Segredos dos Bons Relacionamentos, Os DAVID NIVEN
Todos nós sonhamos em encontrar um grande amor e, como nos contos de fadas, viver felizes para sempre. Mas construir um relacionamento saudável é um dos maiores (e melhores) desafios da vida. Por que tantos casais apaixonados acabam se separando depois que vão morar sob o mesmo teto? Quais são os segredos para se manter um relacionamento rico e amoroso em meio às demandas do trabalho, dos filhos e dos nossos próprios sonhos e planos? Depois de analisar estudos e pesquisas científicas sobre os hábitos de namoro e casamento de milhares de pessoas, o psicólogo e cientista social David Niven reuniu dicas, conselhos e histórias para orientar todos aqueles que desejam ter uma relação sólida e feliz.
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Caro Mario, Descobri seu site por indicação de uma amiga, comecei a ler e achei ótimo. O que me chama a atenção é com relação a sua hisória de vida. Sabemos que existem muitos preconceitos com os crentes, mas o preconceito é, primeiramente, por desconhecerem o que significa isso, em segundo, é em razão do fanatismo de algumas pessoas, por não saberem expressar o quão maravilho é descobrir a verdade. A sua história, mostra que a busca pelos caminhos aparentemente mais fáceis, lógicos, científicos, de fazer o bem, que Deus está em todos os lugares, que basta não desejar o mal etc, não é uma verdade. É preciso fazer o bem sim, Deus está em todos os lugares, mas não aprova tudo. Gostaria que as pessoas pudessem refletir sobre sua busca pela verdade e sem preconceito olhassem para Jesus, entendendo o que Ele significa e que não há outro caminho para o bem e para Deus, senão através de Jesus, Senhor e Salvador. Meu amigo, parabéns! Que Deus abençoe sua vida grandemente em nome do Senhor Jesus, Graça e Paz. Um grande abraço.
Enviado por Paulo Cesar Silveira em 17/07/2006
Caríssimo Persona,assim com vc também sou introvertida e mantenho relacionamentos virtuais.Trabalho com marketing de rede (RJ) e a pouco tempo descobri seu trabalho no ramo.Adoro seus textos.Parabéns!!
Enviado por Lilian Rodrigues em 01/05/2005
E AI MARIO, ACABEI CAINDO EM SEU SITE POR ACASO PORÉM GOSTEI MTO.SUAS MSG SÃO BASTANTES POSITIVAS.
Enviado por BASILIO em 01/05/2005
Jovem Persona, Caí na sua página "por acaso",mas fiquei sensibilizada com a sua busca,ou melhor,o Feed Back, do seu trabalho visando um aprimoramento. É bom saber o que as pessoas pensam acerca do que fazemos, bem como, a capacidade que temos de atingí-las. Aliás meu Jovem, feeling esse que nem todos teem... Naveguei no seu Site com atençâo,lí sobre sua vida,acheí como as ondas do mar,-cheias de marolas-,mas a vida é isso:nada programado.Aí que mora a beleza!!! De certinho e programado bastam as contas "à pagar". Gosteí do texto,encerra uma leveza e um humor descontraído,passa a mensagem. Não vou lhe perguntar por que voçe se chama Mário Persona,mas vou lhe dizer que nada acontece por acaso. Pretendo ler algum trabalho seu mais detalhadamente e voltarei a dizer o que penso.Para a sua felicidade!!!!!!
Enviado por Thelma em 21/04/2005
lesgal, pois gostei da palestra,... muito o.kei
Enviado por rodrigo hussar em 15/04/2005
Prezado Mário, Lamento dizer-lhe que apenas ontem o descobri, quando fazia uma pesquisa na net sobre algum "case" que ilustrasse uma pequena palestra interna -- sobre CRM -- que fiz numa firma onde sou consultor. Aí encontrei a estória do Toshiro. Excelente! Mas, acho que o descobri a tempo. Desde então tenho passado horas lendo as estórias, as traduções e tudo mais. Tudo de muito bom gosto e muito bem elaborado, bem típico de um brilhantismo como o seu. Parabéns. Um abraço, Carlos Foscolo
Enviado por Carlos Foscolo em 01/04/2005
Oi Mário! Estou sempre por aqui te lendo;gosto muito do que vc escreve. Um abraço.
Enviado por Vanessa nascimento em 25/03/2005
(gargalhadas)
Enviado por Paula em 20/03/2005
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